E quem disse que a natureza não está presente nas cidades?

O objetivo do UrbAnimals é exatamente esse: Dar uma visão que geralmente passa despercebida por todos diante de tanto trabalho e correria. A vida animal está presente tanto em nossos quintais como em parques e zoológicos.


O tema dos animais urbanos foi escolhido por mim não só pela certa dificuldade em ser estudante e viajar à procura de outros animais, mas também por se tratar de um tema importante, que mostra o quanto o homem já interferiu na vida do planeta, e como a natureza está se adaptando a isso.


Como futuro biólogo, tento aprender e difundir esse conhecimento cada vez mais, para que o homem entenda melhor cada uma dessas belas criaturas e aprenda a viver em harmonia com elas, trazendo assim um mundo melhor para todos, um mundo melhor para a vida.

Surpreenda-se. De cães a elefantes, de peixes a morcegos, o UrbAnimals vai te levar ao mundo de cada um deles.

Um grande abraço, Thom Girotto.

10 de abril de 2011

Foto Animal! - casulo

Mais um casulo, mais uma foto animal!


 Achei esse casulo muito interessante, porque os 'espinhos' da lagarta se mantiveram após a transformação, como se o casulo fosse uma roupa feita sob medida para essas estruturas saírem.

 Foto difícil de tirar, pois o casulo foi feito na parte alta de um muro do meu quintal. Infelizmente, não consegui flagrar a borboleta saindo dele, mas provavelmente se trata de um indivíduo da família Saturniidae.

 A lagarta que se transformou em casulo é essa:


 Não devemos tocar lagartas que possuam esses 'pinheirinhos' ou 'pêlos', pois podem causar queimaduras e, dependendo do animal, até levar à morte.

3 de abril de 2011

Metamorfose: mais um espetáculo da natureza.

A borboleta é um inseto holometábolo, ou seja, o seu desenvolvimento envolve uma metamorfose completa, que ocorre na sequência: ovo - larva - pupa jovem - pupa adiantada - adulto (chamado de imago).

A partir do dia 09/01/2011, meu pai e eu passamos a acompanhar algumas pequenas lagartas que 'surgiram' em um vaso com uma arruda, planta da família Rutaceae.


Espécie observada: Papilio cresphontes 
Nome popular: Borboleta-rabo-de-andorinha-gigante (Giant swallowtail).

Fase 1: as lagartinhas.

Ao observar aquelas (eram 4 no início) pequenas lagartas, nós achávamos que não iriam sobreviver por muito tempo. Apesar da coloração, que faz com que a lagarta se pareça muito com fezes de pássaros, será que aqueles pequenos seres sobreviveriam por tanto tempo? As mais fortes chuvas se passaram, derrubando até árvores, mas não as nossas lagartinhas. Foi depois dessas chuvas se passarem e nada lhes acontecer que eu soube que iria vê-las se tornando borboletas. 



Fase 2: as lagartonas!
No dia 25/01, as pequenas lagartinhas já haviam crescido, principalmente duas, e se tornaram lagartonas. Os pequenos seres que antes mediam pouco mais de dois centímetros agora já tinham no mínimo quatro, e estavam 'encorpados'. O pé de arruda já estava ficando pequeno para as quatro lagartas famintas.



Fase 3: o casulo.
No dia 31/01, havia um casulo, e um problema! Perdemos três das quatro lagartas. A única que restou na arruda era justamente a que menos cresceu. Se logo ela, a menor das quatro, já havia feito um casulo, as lagartonas sem dúvida nenhuma já estavam dentro dos seus, só que o problema era saber onde. Veja abaixo como o casulo se camufla com o caule da arruda, parecendo ser uma de suas ramificações. Após várias tentativas (sem sucesso) de localizar os outros casulos, desistimos e resolvemos voltar toda a nossa atenção para a nossa lagartinha que agora estava dentro de seu casulo, se preparando para voltar ao mundo como uma bela borboleta.


Fase 4: finalmente, a borboleta!
Era dia 16/02, e já estávamos há tempos nos perguntando quando que a lagartinha transformada em borboleta sairia de seu casulo. Foi quando, chegando em casa, fui costumeiramente dar uma olhada no casulo, e me deparei com uma linda borboleta amarela secando suas asas. Chamei meu pai, e juntos observamos a frágil borboleta, que secava suas asas para poder fazer seu primeiro voo. Havia acabado. Uma das lagartinhas que pareciam cocô de passarinho e acabaram com o pé de arruda havia completado sua metamorfose, e agora estava pronta para recomeçar o ciclo da vida das borboletas, com sua última missão: se reproduzir. 




O que aconteceu com a nossa lagartinha (agora uma borboleta), ninguém sabe. Pelas áreas verdes da cidade em que nasceu, tentaria ela sobreviver para poder se reproduzir e deixar uma herança genética para a próxima geração. Em meio a isso, poderia polinizar flores ou ser comida por outro ser vivo, mas de uma coisa nós sabemos. Não havia acabado como disse antes. A lagartinha apenas continuou um ciclo natural, e também nos ensinou o quão importante é a missão de preservar a natureza, para que esses ciclos perfeitos continuem acontecendo, sem um fim e pela vida.

 
E pensar que desse pequeno casulo saiu uma borboleta! A natureza é realmente incrível.

Para observar a metamorfose completa, é importante não interagir com o animal. Não troque-o de lugar ou proteja-o. A natureza fará o que precisa ser feito.

Se você encontrar lagartas em seu jardim, primeiramente não as pegue na mão. Algumas lagartas podem ser venenosas e causar sérias lesões para o homem. Porém, não é necessário matar estes animais. Lembre-se de que ele pode se tornar uma linda borboleta no futuro.
Se mesmo assim não quiser a lagarta, transfira-a para outra planta igual a que ela estava, pois algumas espécies só podem se alimentar de certas plantas.