E quem disse que a natureza não está presente nas cidades?

O objetivo do UrbAnimals é exatamente esse: Dar uma visão que geralmente passa despercebida por todos diante de tanto trabalho e correria. A vida animal está presente tanto em nossos quintais como em parques e zoológicos.


O tema dos animais urbanos foi escolhido por mim não só pela certa dificuldade em ser estudante e viajar à procura de outros animais, mas também por se tratar de um tema importante, que mostra o quanto o homem já interferiu na vida do planeta, e como a natureza está se adaptando a isso.


Como futuro biólogo, tento aprender e difundir esse conhecimento cada vez mais, para que o homem entenda melhor cada uma dessas belas criaturas e aprenda a viver em harmonia com elas, trazendo assim um mundo melhor para todos, um mundo melhor para a vida.

Surpreenda-se. De cães a elefantes, de peixes a morcegos, o UrbAnimals vai te levar ao mundo de cada um deles.

Um grande abraço, Thom Girotto.

20 de agosto de 2011

Maravilhoso mundo microscópico

Você com certeza já deve ter matado algum inseto. Isso é fato, pois muitas vezes eles se tornam inconvenientes em nossas casas, como os pernilongos, que não nos deixam dormir, ou aranhas, que se escondem nos cantos mais improváveis.

Mas você já parou para observar quão belos esses pequenos seres podem ser?

É claro que muitos desses bichos já se tornaram pragas, vetores de doenças e incômodos, porém nós não podemos esquecer de uma coisa: Eles estavam aqui antes de nós. Então, antes de matar aquela mariposa que está se batendo na janela, por que não tentar colocá-la para fora? E se aquela aranha que você achou na sala não for venenosa, por que não colocá-la no jardim para ajudar no combate aos insetos indesejáveis?

Maravilhem-se com estes pequenos incríveis!

 
 Não, não é loucura colocar uma aranha no rosto... Pelo menos se for uma aranha-pernuda. Esses aracnídeos são muitas vezes mortos por serem considerados venenosos, mas são calmos e inofensivos.

 Os besouros fazem parte da ordem Coleoptera, que possui a maior diversidade de espécies dentre todos os seres. Costumam ser muito bonitos!
 
 Quem não gosta de receber uma visita de uma linda borboleta em seu jardim? Mas, para ela se tornar bela e graciosa, é preciso passar um longo período de sua vida como lagarta, e é aí que muitas vezes são mortas, por comerem as folhas do jardim ou por simplesmente serem consideradas 'nojentas' por nós, humanos.

 
Essa é a perigosa aranha-marrom. Uma das três aranhas encontradas no Brasil que são venenosas e podem ser perigosas para o homem. Ela vive no solo, em meio a troncos podres, galhos e folhas secas, e é um animal que deve ser respeitado.

 
 A famosa joaninha também é um besouro, e se alimenta de pulgões, que atacam roseiras e outras plantas.


 Essa lagarta do gênero Amphipyrinae também é conhecida como lagarta-militar, e é uma das diversas espécies que sofre a metamorfose enterrada no solo. Se alimenta de samambaias.

 A lagartixa é um pequeno réptil que também muitas vezes sofre com o preconceito dos humanos, mas ela é inofensiva e ainda nos traz um grande benefício: Se alimenta de insetos como baratas, aranhas e moscas!
 
 E por fim, um ilustre desconhecido: O opilião. Esse aracnídeo possui hábitos noturnos. Se alimenta de pequenos invertebrados, matéria em decomposição e seiva, e no Brasil existem mais ou menos mil espécies! Ele não é venenoso!

Cada ser tem sua função, e se há alguém que mudou isso foi o ser humano, invadindo cada vez mais o hábitat de todos eles, sejam pequenos ou grandes, belos ou feios, perigosos ou inofensivos. Devemos respeitar até o menor dos seres, pois como já disse, eles estavam aqui antes de nós, e assim como eles, somos usuários do planeta, e não donos.

9 de agosto de 2011

Metamorfose: mais um espetáculo da natureza 2

Dessa vez, observamos o desenvolvimento de uma borboleta-do-manacá, uma simpática espécie amarela e preta, muito comum nas cidades.
Espécie observada: Methona themisto
Nome popular: Borboleta-do-manacá
Tudo começou no dia 28/02, quando trouxe um lindo casulo recém-formado, preso a um galho, para um vaso em meu quintal. A árvore onde o casulo estava fica muito próxima dele.

Em busca de conhecer os 'irmãos mais novos' do casulo, eu fui até o manacá-de-cheiro onde peguei o casulo, e pude observar um acontecimento raro: o acasalamento.


Além desse momento lindo, pude também encontrar lagartas como essa, que se alimentavam das folhas, preparando-se para virar casulos no futuro.


Logo no dia 01/03, podíamos ver que havia alguma coisa se transformando dentro do casulo. Era a borboleta começando a se formar ali dentro!


Cerca de vinte dias após a formação do casulo, 'nasceu' a nossa borboleta-do-manacá, tão bela e graciosa. Secou suas asas, as 'testou', e como se as tivesse há anos, voou para seguir o seu caminho imposto pela natureza, mesmo em uma cidade. 


 O casulo vazio ali ficou, como uma lembrança da nossa querida borboleta que agora estava recomeçando o ciclo da vida. E mais uma vez, a metamorfose nos provou como a natureza pode ser linda e ao mesmo tempo fascinante.




 E assim ficou nossa borboleta-do-manacá... Qual será a próxima metamorfose que iremos acompanhar?