Projeto da Usina Hidrelétrica de Belo Monte
Nessa quarta-feira, dia 01/06/2011, a empresa Norte Energia recebeu a Licença de Instalação (LI) para construir a usina de Belo Monte, no Pará. A LI foi autorizada pelo IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, que confirmou o cumprimento das condicionantes exigidas para a concessão da Licença. A Funai também atestou que a Norte Energia executou as ações socioambientais definidas para essa fase junto às comunidades indígenas da região da Volta Grande do Xingu.
Rio Xingu, onde a Usina será construída.
A empresa responsável pela construção, a Norte Energia S.A, diz que promoverá entre os dias 6 e 9 de junho, com a coordenação do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio), em Belém (PA), uma oficina de planejamento para o plano de ação para a conservação de 21 espécies da fauna da região do baixo e médio Xingu, área de influência indireta da Usina Hidrelétrica Belo Monte.
Retirado de http://www.blogbelomonte.com.br
“Os povos indígenas, pescadores, ribeirinhos e trabalhadores que vão ser afetados não vão aceitar assim, simplesmente por aceitar, querem de fato pressionar o governo para haver esse diálogo e, se for o caso, de fazer essa moratória ou de parar mesmo Belo Monte", afirma Claudomir Monteiro, do Conselho Indigenista Missionário.
O Ministério Público Federal também reagiu. A Procuradoria da República no Pará criticou a decisão do Ibama. Segundo o MP, pelo menos três condicionantes para a liberação de Belo Monte não foram cumpridas. Os procuradores estudam entrar com a décima primeira ação judicial contra a instalação da usina.
"Em cada fase do processo de licenciamento de Belo Monte foram violados os direitos ambientais, de comunidades indígenas e ribeirinhas na região. E nessa fase do procedimento se constata que, mais uma vez, direitos ambientais foram violados”, argumenta o procurador da República Felício Pontes.
Segundo o Ibama, as 40 condicionantes da fase de construção da usina estão sendo cumpridas pelo consórcio responsável pela obra. Serão investidos R$ 3,2 bilhões para compensar o impacto ambiental e social.
Aqui entra o autor do blog por um instante. Como o dinheiro 'compensará' esses danos tão grandes à natureza e ao povo? É justamente por colocarem o dinheiro na frente de tudo que as coisas estão como estão.
“As medidas mitificatórias e compensatórias fazem com que esse impacto deixe de ser um prejuízo e se torne um custo ambiental”, diz Curt Trennepohl, o presidente do Ibama.
Quer dizer então que um custo ambiental compensaria esse prejuízo?Mais uma vez o interesse financeiro passa por cima da natureza. Uma atitude tão grande como a construção dessa Usina deveria ser repensada e transformada em alguma solução que não trouxesse um impacto tão grande à região. Não, eu não tenho a solução, mas em minha opinião, há muitos profissionais competentes que poderiam ser utilizados em prol dessa solução sustentável.
O representante do Instituo Socioambiental, Marcelo Salazar, criticou a decisão do Ibama. “Tem muita coisa a ser verificada. O Ibama emitiu a licença com base em estudos de relatórios da própria Norte Energia e a partir de uma vistoria de campo de apenas uma semana”.
Informações retiradas do site www.g1.globo.com
Imagens retiradas de www.wikipedia.com
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